Numa prosa cirúrgica, Daniel mergulha num personagem solúvel: a chuva. E cada pequeno recorte dessa narrativa é uma gota, uma pequena elegia, que convida o leitor para uma dança precisa, uma valsa aquosa. Uma cidade atravessada por uma lâmina, chuva e aço, onde sonhos são desfeitos e a esperança é a primeira a morrer, afogada. Chuá, o canto da alma, chuá, o corpo lavado, chuá, ninguém, nada, sempre. Aqui a ficção é invadida pela realidade, numa tempestade, memória.
Contos / Literatura Brasileira