Quando os Computadores Conquistaram o Mundo

Quando os Computadores Conquistaram o Mundo A. E. Van Vogt


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Quando os Computadores Conquistaram o Mundo (Argonauta #358)





"Computer World", 1983. A.E. Van Vogt - um dos gigantes -, um dos mais célebres autores de ficção-científica, bem representado na Colecção Argonauta, estava há longo tempo ausente dela. Não por menosprezo, mas porque Van Vogt produziu pouco ou nada, limitando-se a retocar obras já publicadas ou a reunir pequenas histórias ou desenvolver novelas já conhecidas.
O mestre renasceu agora, com um tema candente: como seria o mundo se os computadores o dominassem? A recordação de George Orwell e de 1984 surge de imediato, mas importa que se note que mesmo to tempo de Orwell, os computadores eram ainda um projecto conhecido somente de meia dúzia de pioneiros e que em 1984, contrariamente a uma convicção muito espalhada, falava-se da televisão interactiva e não de computadores - mais do que provavelmente, Orwell nem sabia que eles existiam.
Mas o que acontecerá - que poderá acontecer - quando os computadores conquistarem o mundo?
Esse é o tema sensacional (e actualíssimo!) de Quando os Computadores Conquistaram o Mundo - a versão portuguesa de Computerworld.
E este é o seu começo:
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Um homem pára frente a uma porta de computador. Olho-O na esquina das ruas Segunda e Principal, na povoação de Marddley. São 10 e 03 da manhã, Hora Padrão da Montanha (2090 DC).
A sua presença a um metro e vinte põe Olho-O em "on". Identifico imediatamente o seu perfil biomagnético como o de um membro do Corpo de Manutenção de Computadores. Enverga o uniforme de sargento. Chama-se Walter Inchey.
Inchey tem 1,90 de altura e pesa 95,3 kg. Tem o rosto avermelhado (tom II). Tendo-me posto em "on", volta-se e olha para o sul. Como é uma das direcções em que posso olhar, já observei do poste de aço a que estou ligado (e que serve de candeeiro de rua durante a noite), que apenas a um quarteirão de distância uma caravana de veículos a motor vira para a Rua Principal. É procedida por um grupo de jovens a pé, e um dos veículos perto da frente da fila está a tocar música.
Isso alerta-me. Examino imediatamente os meus circuitos de música (área Mardley). E assim, em fracções de segundo, liguei o terminal da rua ao interior do veículo do qual a música está a ser difundida. (Estão a usar o meu sistema para educar a sua música).
Agora tenho dois pontos de vista.
O sargento Inchey está de frente para mim. Dirige-se a mim. O seu tom de voz classifico-o como exprimindo indignação, enquanto ele pergunta:
- Vais deixar passar através da nossa povoação esses malditos rebeldes anticomputadores?
É uma pergunta. Consulto as memórias relacionadas. Entre elas, há súmulas das minhas experiências dos anteriores trinta e um anos em Washington D.C. e incluem toda a informação não despejada sobre os rebeldes. Há numerosos pormenores sobre as paradas nas outras povoações do ocidente, nos últimos dosi anos e meio.
A minha avaliação rápida também nota a situação da defesa da lei. Com uma excepção, todos os computadores Olho-O estão limitados às armas DAR I. A excepção está no interior do edifício do Corpo de Manutenção de Computadores.
O edifício é como os que o corpo construiu em todas a povoações entre 1000 e 6000 habitantes. Dentro do átrio de cada um desses edifícios militares há um DAR II.
Não tenho maneira de fazer seja o que for. Além disso o sargento não é um programador autorizado. Exponho essas realidades ao sargento Inchey. Ele mantém-se a um metro e vinte do terminal. E assim continuo a ter uma limitada percepção do acontecimento a que objectei: a limitação é a imposta aos Olho-O desta rua, de terem a recepção visual e sónica restrita a um foco rígido.
À frente da caravana há seis raparigas e seis rapazes. Todos eles estão, como se diz, escassamente vestidos.

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