"O grande Alfafa e seu chapa Geléia estavam brincando no parque. Passavam o dia trocando idéia, e à noite iam pro ataque." Até que um dia o precavido Alfafa resolve retomar o trabalho afim de se aprontar para o inverno. Geléia, que preferiu continuar "fazendo um som", procura o amigo quando o frio aperta. E é sobre o valor do trabalho e da arte que os dois discutem. Se Geléia alimentou a alma de Alfafa com sua música, por que o amigo se recusava a retribuir?
É também a amizade que reúne o rato e o leão da outra fábula que compõe este livro. Quando um dia o rei da floresta se machuca, praticamente ninguém tem coragem de socorrê-lo - apenas o pequeno e indefeso rato se candidata à tarefa, mas pede em troca sua lealdade eterna. O roedor passa a se sentir a maior das feras e resolve tomar o lugar do leão, que, expulso de casa, se pergunta: "Será que a pessoa que quer ser tirana não está só com medo de ser ela mesma?".
Em "O Vovô ou a Cobra?", é a esperteza quem leva a melhor, conforme aprende Nate a partir da história que escuta de seu avô. Depois de atropelar uma cobra, o gentil senhor aceita levá-la para casa. A cobra jura que em troca de bom tratamento nunca irá picá-lo. Mas Vovô não se esquece de que ela é, afinal de contas, uma víbora...