Ao analisar a relação dos radialistas com a politica em Fortaleza entre 1982 e 1996, Márcia Vidal Nunes proporciona uma reflexão sobre um fenômeno que se apresenta em todas as grandes cidades do país: radialistas com grande audiência que se candidatam a cargos públicos e são eleitos.
Buscando uma perspectiva contemporânea para a compreensão do rádio como instrumento de coerção, a autora mostra como ocorre a delegação de poder a um radialista, que ingressa no rádio na condição de comunicador, envolve-se com o ouvinte e seus problemas, torna-se, então, um porta-voz popular até, finalmente, angariar o status de "delegado do ouvinte, condição transformada em "delegado de eleitor quando este mesmo radialista ingressa no campo politico.
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