Um estudante contempla o papel em branco na sala de aula; um jornalista se agonia com o texto que teima em não fluir; um advogado pensa na melhor maneira de traduzir sua tese de defesa de maneira a ser plenamente compreendido pela autoridade. Três situações, um mesmo desafio: escrever, redigir um texto com clareza, concisão e elegância. Para vencê-lo, Redação inquieta, livro do professor, ensaísta e romancista Gustavo Bernardo, pode ser de imensa valia. Na obra, Bernardo desafia alguns mitos comuns entre alunos, professores e até entre escritores consagrados, como o de que escrever bem só é possível a quem tem um “dom” ou domina este ou aquele conjunto de técnicas narrativas. Em sua reflexão teórica, o autor frisa que seu foco é apostar num ensino de redação menos tecnicista e mais filosófico, sem que isso signifique abandonar a preocupação com correção gramatical, estilo e personalidade.