“Sou um fanático leitor de sumários. Neles, como numa carta náutica, verifico os pontos cardeais, o entrelaçamento dos temas e a lógica que os une. Numa obra eminentemente técnica como esta que propõe o maestro Ricardo Rocha, tais fatores constituem, por si só, a base sobre a qual repousa a autenticidade de seu argumento, diante de uma tarefa hercúlea como a que se propõe.
Confesso minha perplexidade ao defrontar-me, pela primeira vez, com a abrangência da proposta deste livro, que aborda desde problemas de liderança do maestro em confronto com a orquestra, até o enfoque de assuntos de difícil conceituação como a espacialização do gesto e sua comprovada eficácia. Numa primeira avaliação, julguei impossível tratar, num livro de poucas páginas, de assuntos que demandariam pelo menos uma enciclopédia, tamanha a sua complexidade. Ledo engano, o livro de Rocha demonstra que é possível exercer a capacidade de síntese, sem tornar superficial o conteúdo.
Recomendo-o a profissionais e àqueles que, mesmo sem conhecimento da matéria, terão a oportunidade de desvendar o fascinante universo da regência coral e orquestral”.
ISAAC KARABTCHEVSKY (Maestro).
“A literatura sobre Regência em relação a outras especialidades ainda é escassa. Em língua portuguesa ainda mais, mesmo se considerarmos as raríssimas traduções. No Brasil, Raphael Baptista e Oscar Zander, entre outros, nos deixaram obras de valor considerável, apoiados em suas experiências profissionais como regentes de orquestra e coro, respectivamente.
Uma surpresa agradável é este livro Regência: Uma arte complexa, do maestro Ricardo Rocha. Sua linguagem é, de um modo geral, sucinta e direta ao abordar temas importantes, sobretudo para o desenvolvimento do jovem regente. Rocha discorre ainda sobre outros temas indiretamente ligados à técnica da Regência, como a afinação e a interpretação, assuntos de interesse a todos aqueles que se dedicam à música.
A literatura brasileira especializada ganha, assim, um trabalho honesto e bem estruturado que, com toda a certeza, virá contribuir de forma direta ao aprimoramento da Arte Musical em geral e, em especial, a Regência”.
ROBERTO DUARTE (Maestro).
“Uma arte complexa vem preencher uma importante lacuna na bibliografia brasileira. Com seu estilo incisivo e sintético, mas de leitura fluida, Ricardo Rocha não se restringe à exposição de exercícios didáticos, mas traz importantes reflexões, enfatizando a necessidade de uma tomada de posição diante dos novos desafios que tal carreira traz no Brasil e no mundo contemporâneos: liderança, mercado de trabalho, espiritualidade, e outros tópicos de interesse, tanto para o regente orquestral como coral”.
CARLOS ALBERTO FIGUEIREDO (Regente coral).
Artes / Música