De Renato Pacheco se pode dizer que foi juiz obcecado pela justiça, capixaba apaixonado pelo Espírito Santo, intelectual imerso na cultura popular, professor devotado e muito mais. Tinha a capacidade de envolver-se em múltiplas atividades sem perder o rumo de nenhuma, e de saber dar a cada uma a justa importância que lhe cabia.
A carreira de magistrado itinerante, antes de fixar-se na capital do Estado, e o exercício das audiências - que eram parte do ritual do fórum - lhe revelaram os íntimos segredos da alma desse povo, que ele compreendeu e expressou com verdade e convencimento nas tantas obras que deixou.
Alma generosa, dizia o que tinha a dizer com a compaixão que não afasta quem tem que ouvir. Poucas pessoas foram, durante o seu tempo, um quase-consenso como ele foi. Poucas foram, pelos seus alunos e aprendizes, carinhosamente chamadas de mestre. Mestre Renato.
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