Susan Richards tinha 43 anos quando adotou Lay Me Down, uma égua maltratada e doente. Vivendo com seus três cavalos em uma pequena fazenda, e divorciada há dez anos, sua vida resumia-se ao trabalho como assistente social e aos cuidados com os animais. Já não pensava tanto no seu casamento fracassado, nas bebedeiras da juventude ou na infância sofrida.
O relacionamento de Susan com um animal que havia sofrido tanto fez com que sua vida tomasse outro rumo. Ela se surpreende ao perceber que, mesmo após os abusos que sofreu nas mãos do antigo dono, Lay Me Down se mostrava incapaz de demonstrar rancor ou agressão. Enquanto os outros cavalos de Susan eram, algumas vezes, ciumentos e mal-humorados, ela demonstrava calma e gratidão. "Nossa relação era diferente da que eu tivera com qualquer outro animal. Desde o começo, era como se fosse eu quem tivesse algo a aprender com ela, quem acabaria se beneficiando por 'salvá-la'. O seu passado fora certamente tão ruim quanto o meu, mas ela não demonstrava nenhuma amargura, nenhum ressentimento, nenhuma necessidade neurótica de se isolar dos outros cavalos (ou pessoas) para se sentir segura. (...) Sua capacidade de amar parecia enorme. Onde ela tinha aprendido isso? Por que eu não conseguia?", diz a autora.
Romance