Resenhas - Aventuras na História N° 244 (Setembro de 2023)

z..... 02/10/2023

Setembro de 2023
"O golpe chileno"
A reportagem fez abordagem geral e sucinta do contexto, destacando pontos como a biografia de Salvador Allende (socialista eleito de forma democrática); caracterizações dos quase 3 anos de governo antes do golpe (1970-1973); disposições que desagradaram a política de direita conservadora; descrição da tomada do poder pelas forças militares lideradas pelo general Pinochet (chefe maior do Exercito) e os desdobramentos da ditadura instalada. Vale também registro de comparativos entre as ditaduras chilena e brasileira.
Da biografia, o presidente eleito ganhou de forma apertada, após ter sido derrotado em pleitos anteriores; e foi ministro da Saúde entre 1939-1942 (criando estrutura educacional e de saúde pública inovadoras).
Das caracterizações do governo, a nacionalização e estatização de empresas (principalmente de controle de riquezas chilenas, como o cobre); redistribuição de renda; e investimento na reforma agrária.
Pontos que entraram em choque com interesses de conservadores de direita, latifundiários e empresários. O contexto gerou boicotes, a estatização de empresas teve escassez de recursos, e os preços controlados pelo governo levaram a desajuste econômico com consequente inflação. Além do país, segundo ressaltado, ter se transformado em exílio de socialistas, e sofrer oposição do governo de Nixon (EUA) e nações de governo conservador de direita do leste europeu.
O golpe teve coalisão dos principais chefes da Marinha, Exército e Aeronáutica, parte da imprensa, empresários e latifundiários. O texto descreveu detalhes como o bombardeamento da sede do poder chileno onde estava Allende, a decisão de dispensa dos funcionários que apoiavam o presidente no momento (evitando banho de sangue) e o suicídio com arma presenteada por Fidel Castro.
Interessantes também as considerações da não intervenção russa, descrita em não querer investir em outra disputa como acontecera em Cuba (só isso é que não é...).
Nos desdobramentos, pontos semelhantes a ditadura brasileira, como o fechamento da democracia com oposição brutal a movimentos esquerdistas. Pinochet centralizou o governo nos 17 anos, enquanto no Brasil a ditadura passou por 5 generais. Obviamente existem outras diferenças, referentes ao estilo político adotado (a quem interessar, leia a revista, que não entendi com precisão umas tais escolas de influência, como a de Chicago).

"Todos dizem eu te amo"
Abordagem sobre as relações humanas desde a pré-história. No início pensei que centralizaria o amor em si, mas é pragmatismo sobre os determinantes das relações humanas. Tem teses interessantes e, obviamente, subjetivas. Vale a conferida...
Sobre o amor, tenho firme fé que a melhor descrição e significância está em I Coríntios 13. Realidade distante do conceito do mundo e da maioria de nós quando dizemos "eu te amo"...

Essas e outras na edição.