z..... 03/06/2019
Pensei que a obra abordaria a questão das drogas e vícios. Conheci o autor, educador palestrante na área, mas o direcionamento foi outro, numa agradável surpresa.
É um livro poético, que enaltece a vida, o amor, a espiritualidade, os sonhos, o recomeço, a poesia.
Duas coisas se destacam e a primeira é a simplicidade da sabedoria popular, concepção expressa em cada texto de maneira tocante, principalmente quando percebemos o segundo aspecto na identidade do livro...
"No limiar da incredulidade" traduz recomeço, diante de um abismo que poderia ser ponto final a vida, com textos de apego ardoroso ao saber, a Deus. Tem relação com o testemunho de vida de Alci Conceição, um sobrevivente das drogas que, entre outras coisas, vivenciou o submundo do crime e cárcere. É aí que entra o poder transformador em Jesus Cristo e redirecionamento através das artes. Os textos expressam o momento de descobertas, onde aflora o recomeço. O ardor em novidade de vida é o segundo aspecto.
O livro traz a biografia de Alci, poesia de momentos diversos e textos com reflexões.
Gostei principalmente de "Um clarão na escuridão" (singelo auto retrato), "Querida mamãe" (mensagem no cárcere, no mês de Maio) e "Paixão" (bonita declaração de amor).
A obra deixa a desejar em correções de edição e esse aspecto não curti.