Este livro tem por preocupação básica analisar a Revolução de 1930 através das políticas das interventorias num Estado do Nordeste.
Sergipe, que foi palco das revoltas tenentistas, a partir de 1930 passa a ser governado justamente pelos tenentes de ontem. Buscando o significado da realização do projeto tenentista, o autor toma como elemento central as relações das interventorias com os principais grupos sociais, especialmente a classe dominante e os trabalhadores urbanos. O fato de ter coberto todo o período (1390/45) permite ao leitor perceber a disjunção que ocorre em 1935, representada pela vitória das forças dominantes, bem como oferece uma visão de conjunto do processo contraditório, dividido em fases configuradas e até certo ponto distintas. Analisando esse process, o autor não se limita a observar simplesmente que o projeto tenentista não era revolucionário, dedica-se também a detectar tendências reformistas democratizantes num primeiro momento, e a mostrar como essas tendências foram contidas dentro de um projeto autoritário repressivo privilegiando os grupos dominantes. A análise dessa transmutação tem sempre como referência básica o quadro nacional, como contraponto para o entendimento da natureza pós-1930.
História / História do Brasil