São Paulo, anos 1960. Um assaltante conhecido por atacar carregando uma lanterna vermelha espalha o medo e faz a alegria da imprensa sensacionalista. Para contar as peripécias desse anti-herói boçal, Rogério Sganzerla renegou o modelo respeitável do Cinema Novo e criou um cinema radical no tratamento do assunto e na forma. “O Bandido da Luz Vermelha” inventou outra linguagem para falar da realidade brasileira e seus paradoxos com uma mistura de referências à cultura pop, composições visuais inspiradas nos quadrinhos, fragmentos sonoros e descontinuidade narrativa.
A proposta era tão contrária aos padrões que acabou inspirando outro tipo de cinema, apelidado de “marginal”. Ao comemorar 50 anos, a modernidade de Sganzerla deixa no chinelo os moderninhos de hoje.
Filme: O Bandido da Luz Vermelha
Produção: Brasil, 1968 / Preto e branco / 92 min.
Estrelando: Paulo Villaça
Áudio original: Português
Legenda: Inglês
Textos: Cássio Starling Carlos, Pedro Maciel Guimarães e Sandro de Oliveira
Cinema