Roupa de cinema

Roupa de cinema Ana Cecília Drumond


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O design de figurino no audiovisual pernambucano




Com a experiência de participar de forma ativa do cinema pernambucano, a figurinista Ana Cecília Drumond assumiu o desafio de pensar o audiovisual pela perspectiva do figurino. O livro Roupa de Cinema: o design de figurino no audiovisual pernambucano é estruturado em duas partes: a primeira, mais prática, traz depoimentos de profissionais do figurino. E a segunda, mais teórica, com a reunião de três artigos assinados por pesquisadores do assunto. Os depoimentos foram colhidos por meio de entrevistas realizadas em fevereiro deste ano, por Ana Cecília e Julio Cavani, com 10 figurinistas do cinema pernambucano.

Na lista, há desde profissionais do início da retomada do cinema local, como Beto Normal, Andrea Monteiro e Paulo Ricardo; a figurinistas em início de carreira, a exemplo de Babi Jácome e Libra. Completam o time as figurinistas Rita Azevedo, Chris Garrido, Sosha, Maria Esther de Albuquerque e Joana Gatis. Nos depoimentos, eles falam do começo de suas trajetórias, suas formações, processos criativos, métodos de trabalho, o papel do figurino na construção narrativa e as soluções encontradas em meio às dificuldades para se adequar aos limites de tempo e orçamento.

Pela perspectiva do figurino, o livro Roupa de cinema monta um amplo panorama do cinema pernambucano realizado nas últimas três décadas, com referência a um total de 59 produções audiovisuais feitas no estado. Das quais mais de 30 são analisadas de forma mais aprofundada pelos figurinistas, revelando conceitos e detalhes de bastidores, a exemplos de obras premiadas como Bacurau, Tatuagem, Amarelo manga e Cinema, aspirinas e urubus. Relatos que são fartamente documentados na edição, acompanhados de imagens dos filmes, fotografias dos sets de filmagem, croquis e provas de figurino.

Um registro histórico que envolve desde curtas dos anos 1990 a longas-metragens ainda inéditos, em fase de finalização. O recorte permite tanto um olhar sobre transformação do cinema pernambucano, com o acesso a mais recursos através de editais de incentivo, como as conquistas do departamento de figurino e amadurecimento desses profissionais. E, não menos importante, é observar outro aspecto histórico abordado no livro: a preocupação dos figurinistas em pensar trajes de cena para construir um cinema mais representativo, como forma de quebrar preconceitos e respeitar a diversidade, seja de ordem racial, sexual, regional ou econômica.

A segunda parte do livro é composta por três artigos que tratam sobre o papel do figurino na produção local e contribuem para se pensar no contexto a importância do figurino na produção audiovisual. O artigo da pesquisadora e diretora de arte Iomana Rocha dialoga com o conceito de “brodagem” para explicar a formação e as peculiaridades do modus operandi do figurino no cinema pernambucano. Já o figurinista e pesquisador Álamo Bandeira apresenta um guia, explicando termos, setores de um set de filmagem, funções e etapas do trabalho do figurino. E, por fim, o realizador e professor universitário André Antônio analisa o traje de cena dentro de uma perspectiva queer, fazendo relações entre a obra de realizadores como Kenneth Anger e Teo Hernandez, com a do pernambucano Sosha.

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Thiago Corrêa
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