Há quem desdenhe dos meus escritos. Do meu estilo. De tudo que escrevo. Isto não me ofende porque tenho uma glória e uma felicidade que ninguém me pode roubar. O sertão me lê. O sertão entende o que escrevo. O sertão gosta dos meus escritos. Porque eu escrevo, molhando a pena no sangue e nas lágrimas do sertão. Literatura em mim e para mim não é uma expressão de arte. É uma afirmação de vida. Outros sentem inspiração para escrever. Eu sinto é necessidade. Eu sinto é fome. Eu sinto impetuosidade. Eu escrevo por uma necessidade tão forte e tão gritante como a de amar, a de tossir e a de espirrar. Se eu procurasse sufocar, o esturro seria muito maior. Eu me rebentaria por dentro.
Crônicas / Ensaios