Qualquer descrição, resenha, ou comentário seria pouco perto do que este livro é. Nada melhor, portanto, do que um trecho aleatório para ilustrar um pouco desse "tudo que transborda" -
" E você sabe. Você sabe de cada pinta, de cada espaço, de cada mancha, cada buraco, e conhece o que está dentro, conhece até o que eu não vejo. Não sei o que acontece, não sei se ficaremos grudados para o resto da vida, mas o que eu sei agora é que você não precisa mais de mim. E isso dói. Dói também saber que a vida segue sem você (tem que seguir). Mas o que dói mais ainda é a comparação inevitável, é comparar você a todo o resto, e sentir seu cheiro no meio da rua, e ver suas coisas ainda espalhadas pelo meu quarto e usar suas gírias e ter você como referência e saber que no fundo, eu não estou à prova. Talvez você precise mesmo arrumar outra "florzinha", alguém menos pseudo sexy cool, ou pelo menos sexy cool de verdade, e talvez eu precise também de um outro cara que como você, tenha o encaixe perfeito do meu rosto e um peito que me faça dormir instantaneamente. Mas nunca, com ninguém, vamos ter o que tivemos (...)"