Manuel Maria Barbosa du Bocage nasceu em Setúbal, Portugal, no dia 15 de setembro de 1765, e viria a falecer em Lisboa, no dia 21 de dezembro de 1805. Eram seus pais José Luís Soares de Barbosa e Mariana Joaquina Lestof du Bocage.
Em 1871 sentou praça como soldado no Regimento de Setúbal, e dois anos depois se transfere para a Armada Real. Mais três anos, e ei-lo guarda-marinha, viajando para Goa, em 1786, ocasião em que o navio em que viaja, a nau "Nossa Senhora da Vida, Santo Antônio e Madalena", faz escala no Rio de Janeiro. Deserta, num tempo em que isso não era grave, e regressa a Portugal em 1790. No ano seguinte publica o primeiro volume de suas rimas e é admitido na Nova Arcádia, presidida pelo poeta brasileiro Domingos Caldas Barbosa, o Lereno, a quem logo satirizaria, indispondo-se com o grêmio. Alguns amigos ainda tentaram aproximar os adversários outra vez, mas nada conseguem, e Bocage termina expulso da Nova Arcádia, embora há muito tempo ele já estivesse dela ausente. O grêmio, devido ao apoio que de Bocage recebeu não somente do povo, mas igualmente de intelectuais, fechou suas portas. Mas os adversários do poeta, como vingança, denunciaram-no no Santo Ofício, como "herético perigoso e dissoluto de costumes", usando inclusive a calúnia como instrumento de seu ódio. Por essa época as ideias de liberdade que saíam da França empolgam o poeta, que escreve versos revolucionários, atacando até as autoridades civis e eclesiásticas de Portugal. Em 1797 o poeta é preso, indo para os cárceres da Inquisição, sendo depois, transferido para o Mosteiro de S. Paulo e afinal para o Hospício das Necessidades. Apela o poeta para as autoridades, dizendo-se arrependido, e afinal consegue ser perdoado.
Em 1799 é publicado o segundo volume de suas Rimas. O terceiro vem a lume quando o poeta já está doente. Falece, como dito, em 1805, e seu corpo é sepultado no Cemitério da Igreja Paroquial de Nossa Senhora das Mercês, no Bairro Alto de Lisboa.
Poemas, poesias