Escrito em primeira pessoa por uma operária que viveu parte de sua vida (1900 a 1968) no bairro do Ipiranga, São Paulo. Trechos de publicações de mulheres anarquista, como Maria Lacerda de Moura, Maria A Soares e Luce Fabbri, convivem com relatos sobre as perseguições, as greves e o cotidiano. A história é conduzida por uma narradora: A Mulher do Canto Esquerdo do Quadro. Sua amiga Tita Mundo é outra voz presente no livro e ela relata suas atividades grevistas no Brasil, México e Argentina. Documentos e recordações afetivas se cruzam com fatos históricos, como a Greve de 1917 em São Paulo, Greve dos Inquilinos em Veracruz e fluxos migratórios entre Brasil e Argentina.