Por que os homens começaram a tatuar-se, fazer piercing, escarificar-se, ou mesmo mutilar-se? Aqueles que tentaram situar as origens dessas práticas souberam ordená-las nas diferentes culturas, mas não conseguiram responder a essa indagação. Tomando essas questões como ponto de partida, este livro busca entender o que orienta a produção das marcas corporais que acompanham os homens desde as origens da cultura. Nesse sentido, pesquisa os invariantes, que determinam a produção de marcas no corpo, procurando situá-los nos diferentes contextos. Toma como fundamento as diferentes constituições de gozo para pensar suas relações com a sacralização do corpo. O livro consiste numa re-contextualização da temática tratada por Freud em Totem e tabu, ampliando o diálogo entre a clínica psicanalítica e autores que tratam sobre o tema do corpo e do sagrado.