Num prefácio o autor explica a possibilidade de seus versos em Tear de Aracnídeos."Os fios destes textos não serão meras folias da fala, nem terão o gozo antecipado da oclusão ou da incomunicabilidade, ou, pior, o gosto de aparentar incompletude para que supostamente outros supram as lacunas de que não nos livramos ou não logramos preencher. Se acaso alguns textos traduzirem um verniz metafísico, perdoem-lhes a indiscrição. O que querem mesmo é a partilha de possíveis interlocuções. Pretendem ainda um momento de reflexão sobre o rio-poesia, ou o quanto ele (ela) pode fazer supor alimento para a lucidez ética, a sensibilidade estética e o encontro feliz das transparências líricas, épicas, dramáticas em nossas vidinhas tão atropeladas por banalizações. Que as palavras (e possíveis sentenças) deste livro intermediem sentidos para iguais e diferentes". Jorge de Souza Araujo. Palavras que introduzem os pequenos pontos em cruz desse livro, escrito por um dos maiores intelectuais da Bahia.