Tendo seus limites cronológicos bastante definidos (1880-1950), este livro poderia ser visto como um daqueles típicos panoramas históricos do teatro moderno. A análise em sequência da obra de onze dramaturgos e um encenador, da mesma forma, poderia fazer supor uma investigação encadeada no tempo, porém não necessariamente articula em seu conjunto. Nesta obra o autor escapa de ambas as armadilhas. A história aqui funciona não apenas como fio condutor das análises. É a partir "do terreno historicizado" que Szondi depreende seu estrito conceito de drama. Uma forma de arte na qual, em última instância, dois aspectos são imprescindíveis: o embate intersubjetivo entre os homens e sua relação com a comunidade que os cerca.
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