A Terapia Existencial da Libertação (TEL) é uma proposta de práxis terapêutica oriunda da reflexão sobre as especificidades das existências singulares dos setores populares latino-americanos. Enquanto Terapia, ela se propõe como uma das artes de curar, de acordo com a tradição ocidental, porém sua perspectiva vai além da terapêutica médica e psicológica tradicional, pois busca ampliar o conceito de saúde e patologia recorrendo a uma base filosófica decolonial articulada com a tradição fenomenológico-existencial europeia, somada a pensadores latino-americanos diversos com especial destaque para Rodolfo Kusch e Enrique Dussel. A Terapia enquanto práxis curativa prescinde do sufixo psico, já que, uma vez existencial, ela tem como ponto de partida a existência, entendida como uma totalidade aberta e livre, ou seja, não determinada por nenhum aspecto de si objetivado, que é como se concebe o psíquico (Sartre, 2006). Portanto, segundo a TEL, o psíquico é uma tentativa de objetivação do humano com vistas a atender ao modelo positivista de ciência que o fragmenta em prol de uma análise reificada, corroborando para uma terapêutica parcial.
Psicologia