The angels of Mons

The angels of Mons Arthur Machen


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The angels of Mons





A batalha de Mons foi travada em 26 de agosto de 1914. O Exército Britânico, comando pelo general John French, estava na região das Ardenas para confrontar o Exército do Império Alemão, que possuía superioridade numérica. No dia 23 de agosto, o general inglês, depois de um confronto violento estava fazendo manobra com a intenção de se reagrupar seu pelotão e atacar novamente os alemães quando seus superiores ordenam que ele se retire para o sul. A sua retirada do local deixaria o flanco de seu pelotão descoberto e exposto a um ataque alemão, o que causaria um grande número de baixas.
O general inglês acatou a ordem, mesmo sabendo do perigo que seus homens corriam. Avançaram então pelo meio do bosque e foram perseguidos de perto por um batalhão alemão. De repente, um espesso nevoeiro lhes rodeou, impedindo que eles vissem uma saída daquele bosque. O desânimo começou a abalar os soldados. Eles sabiam que não iriam conseguir sair dali e que provavelmente em algumas horas estariam rodeados e mortos pelo inimigo.
Segundo depoimentos de vários soldados, inesperadamente, apareceu um feixe de luz brilhante do qual surgiu uma figura alta com duas asas longas e brancas. Este ser misterioso fez um gesto para que os combates britânicos o seguissem. Apesar do medo, os militares levantaram-se e começam a acompanhar a imponente figura. Eles seguiram em direção a uma área já explorada pelos soldados anteriormente. Mas misteriosamente, o que antes era um terreno inviável, agora parecia ter se transformado um amplo caminho. Como milagre, surgiu diante dos militares uma rota de fuga que não constava em nenhum de seus mapas.
Os alemães conseguiram interceptá-los antes que abandonassem o bosque. Os soldados britânicos sabiam que já estavam mortos. Então surgiu um estranho exército celestial cujos pés não tocavam a terra. Esses seres se interpuseram entre ambos os soldados. Segundo relatos dos combatentes britânicos, os cavalos dos alemães saíram em disparada e exército alemão se retirou ante a fantasmagórica presença.
Um mês após da árdua batalha de Mons, o jornal “Evening news”, de Londres, publicou uma notícia extraordinária que chama a atenção até a atualidade. A reportagem, escrita pelo jornalista Arthur Machen, relata como uma pequena força expedicionária britânica, em uma condição numérica extremamente desfavorável frente ao exército alemão, foi aparentemente salva por reforços celestiais. Os anjos de Mons surgiram repentinamente entre os ingleses e os alemães. De acordo com a notícia, os alemães recuaram confusos e amedrontados.
Em maio de 1915, em Bristol, foi publicado na revista da paróquia local a confissão de um oficial britânico, sob juramento. Nela, o oficial declarava que, quando a sua companhia se retirava de Mons, fora perseguida por uma unidade da cavalaria alemã. O oficial procurou um lugar para os britânicos se abrigarem, mas os alemães os alcançaram. Esperando uma morte certa, os soldados ingleses se viraram e para seu espanto, uma companhia de anjos estava entre eles e os inimigos alemães. Segundo o oficial, os cavalos alemães se assustaram e fugiram em debandada. Em meio a neblina ouvia-se gritos de pavor. O militar contou ainda que o exército celestial escoltou os ingleses por aproximadamente meia hora até desaparecer tão misteriosamente como havia aparecido. O capelão do exército, reverendo Chavasse, declarou ter ouvido a mesma história de três soldados que estiveram na Batalha de Mons.
Do lado alemão surgiu a notícia de que os alemães teriam se recusado a atacar os inimigos ingleses devido à superioridade numérica dos soldados alemães no local.
No caso dos anjos de Mons, nenhum combatente revelou seu nome por medo de deboche popular ou represália do exército. Sempre mantiveram-se no anonimato, ficando os relatos no nível do incerto: um soldado, um general, etc.
Em uma extraordinária reviravolta, o jornalista, autor da notícia reconheceu anos depois que a matéria não passou de fantasia para tempos difíceis. Ele afirmou que sua intenção era fazer as pessoas acreditarem em Deus e na intervenção divina. Machen terminou sua carreira escrevendo contos de ficção científica e suspense.

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