O livro reúne um conjunto de ensaios de McGinn onde sua visão um tanto pessimista como uma ponta de esperança para a discussão do problema mente-corpo. O lado pessimista, o qual o autor retorna diversas vezes no livro é que o Naturalismo precisa reconhecer o problema mente-corpo. McGinn não tem intenção de abandonar o Naturalismo, mas reconhece que os filósofos naturalistas não reconhecem o problema, a resistência em explicar a mente em termos naturais resistiu aos melhores esforços. Um problema central são os nossos conceitos. Toda teoria científica tem conceitos conforme nossa percepção, os conteúdos mentais, intencionalidade, a perspectiva de primeira pessoa e outros problemas para a nossa inteligência não invocam conceitos naturais. Todos estes casos são casos de fenômenos mentais, logo, estão fora da naturalização.
McGinn vê excessos nas teses epistemológicas e justificatórias do Naturalismo, não em sua metafísica. Há uma pretensão que tudo o que é real se dá conforme estes conceitos, e neste ponto a discussão se perde: que garantias temos que tudo o que é real nos é conceitualizável?
Sua postura caminha para o que podemos dizer ser um misteriorista: o problema mente-corpo é um mistério. Os problemas levantados são informativos, o filósofo diálogo um time de filósofos que vão desde de Descartes a Donald Davidson e Thomas Nagel.
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