the unbearable dizziness of the soul

"Primeiro disclaimer: temer o eu lírico é se amedrontar de toda a poesia. O segundo: concordar com ele é borrar-se da mesma forma. Os poemas a seguir não pedem licença e nenhum tipo de identificação absoluta. Não podem ser tomados por piedade ou tônico, não têm o objetivo final dos hinos ou das orações. Ryan escreve para fechar o ciclo que lhe cabe, abrindo os botões da camisa para receber a leitura que lhe enfrenta, com reverência a catástrofe. Um livro de poesia bem devorado faz do estômago um embrulho pesado e do fígado uma esponja marrom. É preciso limpar-se, tirar a graxa das mãos, descer o saco ensopado ao container; assistir a uma comédia romântica, a um desenho animado, dar uma caminhada longa e solitária, mas, antes de tudo e para tudo, sujar-se. A insuportável vertigem da alma é um caminho para torná-la mais forte e sazona. É para que nos reconheçamos." (Pedro Dziedzinski) . . . "talvez uma das vozes mais provocadoras e originais da poesia contemporânea produzida no rio grande do sul, ryan mainardi escreve com uma singularidade impiedosa, contrastando uma violência lírica e quase bonita, portanto única. the unbearable dizziness of the soul agarra cada leitor pelo pescoço e o força a encarar a verdade, ao menos uma das verdades possíveis. um livro não só para os que conseguem enxergar beleza nas coisas dolorosas, mas aos que se propõe exatamente ao inverso. " (Davi Koteck)

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