Assim como Stalin, vítima da deturpação constante realizada pela burguesia na sua guerra hibrida contra os trabalhadores, Gramsci também sofre constantes deformações. No entanto, diferentemente de Stalin, que é alvejado e deturpado por ataques que lhe difamam, Gramsci é colocado no caminho dos “reformistas”, dos que pregam “o socialismo democrático” (SIC), como alternativa ao “Stalinismo”, em suma, ao totalitarismo e ao desvio “autocrático”. Para enfeita-lo e deixa-lo ineficaz, viram-no de um lado a outro, em todas as direções, tornando-o irreconhecível e, assim, ele passa a ser divulgado por muitos como aliado do Trotskysmo, ou ao lado da Escola de Frankfurt em todos os aparelhos hegemônicos privados. Podemos dizer que Gramsci é deturpado e implicitamente atacado, enquanto que Stalin é deturpado e explicitamente atacado, ambos sofrem torções avessas um em relação ao outro. O comunista italiano é vinculado a ideias contrárias ao marxismo-leninismo, como a socialdemocracia, o eurocomunismo, o reformismo, a negação da ditadura do proletariado. Esse processo de manipulação da obra de Gramsci tem seu início com Palmiro Togliatti (líder do PCI após a queda de Gramsci, e principal responsável pela degeneração do partido) e se arrasta pelo mundo a fora. Os intelectuais oportunistas separam a obra de Gramsci em antes e depois da prisão, dando credibilidade apenas aos escritos carcerários. Deste modo excluem o arcabouço que o italiano desenvolveu em sua prática revolucionária no seio do movimento operário e na organização do Partido Comunista. No cárcere Gramsci escrevia sob forte repressão e, por isso, camuflava sua camada revolucionária, sendo por vezes obscuro O Professor Egido resgata a obra de Gramsci das garras do oportunismo e nos mostra um Gramsci revolucionário, pró-soviético, árduo defensor do partido comunista, da ditadura do proletariado e da aliança operário-camponesa e dos valores do marxismo-leninismo.
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