"Patrícia Borges nos mostra como a linguagem dos mangás e animês, principalmente na obra de Osamu Tezuka, está repleta das idéias de Sergei Eisenstein, que no cinema utilizava imagens fragmentadas para compor um único momento na ação. E é exatamente esta complexidade da imagem que faz com que os animês e mangás sejam tão característicos e diferentes da produção ocidental. Se, por sua vez, Eisenstein se utilizou dos ideogramas para compor a teoria da imagem, Tezuka utilizou-se fartamente dos recursos cinematográficospara enfatizar cada detalhe da ação de suas histórias. Edgar Morin já nos ensinou que “imagens complexas exigem pensa- mentos complexos” e Patrícia Borges neste livro leva o leitor a reconhecer a complexidade cognoscitiva de nossa percepção visual num texto fluido eabrangente, deixando claro que “ler”imagens de um mangá ou animê não é para qualquer um. Só para mentes com subjetividade e emoção."
Prof.ª Dra Sonia M. Bidê Luyten