Esta Travessia o autor não só reconta a história do Rio Grande do Sul, mas vai além. Ele, que muito leu, e leu bem, sabe que o bom da arte literária é a invenção, a imaginação. Historiador faz história, escritor faz ficção, que é história fingida. E é nesse fingimento que a verdade artística se revela e desvela a história verdadeira, que não é a dos heróis e bravos mitificados pela tradição, mas a das homens e mulheres comuns, que fazem a história do cotidiano.
Eis um bom livro, um bom autor e um bom prêmio literário. Três moticos de júbilo. Essa é a Travessia que fazemos rumo à história futura.
Romance