Roberto Freire, neste Travesti, aplica-nos uma bofetada no rosto. merecida. deixa as marcas de uma sociedade cínica, corrupta e condenada.
Faz isso por amor,testemunha que é da opressão e repressão imposta ao novo pelo velho. A vida pela morte. Ao amor,pela posse.
E se com uma das mãos agride violentamente as estruturas apodrecidas com a outra afaga esperançosamente a promessa do Homem Novo,Liberto,Sem medo.
Embala, em seu estilo direto,grosso,isento de rebuscamento estilistico, a visão de um mundo também cru,verdadeiro,sem màscara, quando não mais seremos obrigados,todos a ser Travestis.