Ocorre-me que um dia estava sentado na estação ferroviária de Vila Murtinho, isso um pouco antes da última e inesquecível viagem a Maria Fumaça faria, alguns meses depois. Era entre três e quatro horas da tarde quando senti os já conhecidos estremecimentos nas paredes e nos trilhos da estação, sinalizando que o trem já se aproximava. Tais sinais deixavam em ebulição os transeuntes, viajantes, vendedores, malandros e as poucas prostitutas do lugar.
Contos