O trabalho divide-se em dois blocos.
No primeiro deles, intitulado “Trem e cinema”,
o autor desenvolve a perspectiva teórica
que aproxima o desenvolvimento tecnológico
do trem do desenvolvimento do cinema,
visualizados ambos enquanto tecnologia de
semelhanças, em especial pela nova maneira
de ver que possibilitam e a que obrigam seus
passageiros (no trem, colocados no vagão; no
cinema, colocados na sala fechada). No segundo
bloco, o autor faz a aplicação prática
dessa perspectiva para uma leitura das obras
de Buster Keaton, especialmente para o aspecto
de valorização e humanização da tecnologia
então nascente, numa leitura que,
sem perder o lado até certo ponto ufanista da
conquista, alerta para os riscos que a mesma
pode produzir na humanidade.