Françoise Dolto não se contentou em ser a psicanalista excepcional e a especialista em crianças que todos conhecem. Empenhou-se em torna sua experiência viva e transmissível, sempre à disposição daqueles que desejassem encontrá-la e interrogá-la a partir das dificuldades experimentadas em sua própria prática.
Tudo é linguagem retoma e esclarece o conteúdo de uma conferência dirigida a psicólogos, médicos e trabalhadores sociais, cujo tema era "O dizer e o fazer. Tudo é linguagem. A importância das palavras ditas às crianças e diante delas". Através de suas respostas, Françoise Dolto tece a trama de uma compreensão analítica do que é determinante para a subjetividade humana. Afirma a necessidade, em todas as circunstâncias - divórcio, morte, circuncisão, adolescência, adoção, etc. - do falar à criança. Mostra que frequentemente é até no corpo e por meio dele que a criança expressa o que às vezes não consegue dizer de outra maneira.