Em UM ESCRAVO CHAMADO CERVANTES o dramaturgo e romancista Fernando Arrabal, dosando humor, amor, erotismo e angústia – e apoiado em uma ampla e séria documentação – ultrapassa os limites da biografia convencional e cria polêmica ao narrar a vida apaixonante de Miguel de Cervantes. Arrabal toma por base um singular documento datado de 1569 e descoberto em 1820, segundo o qual o criador de Dom Quixote, aos 21 anos, fora condenado pelo rei da Espanha, sob a acusação de homossexualismo, a ter sua mão direita amputada e a um desterro de dez anos. É então que o romancista decide fugir para a Itália a fim de escapar da inexorável sentença.