Um historiador diletante

Um historiador diletante Philippe Ariès


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No começo dos anos sessenta, em Paris, corria o rumor de que um importador de bananas defendia novas teorias sobre a história da criança e da família. Ele se chamava Philippe Ariès e acabava de publicar um livro. Na verdade, sua relação com as bananas limitava-se a um comércio indireto, bem mais sólida, no entanto, do que com a universidade, onde se ignoravam suas intuições e descobertas, que, mais tarde, fariam sua notoriedade, Ainda não estava em voga a história das mentalidades, e nosso franco-atirador há muito tempo percorria terras virgens e vencia algumas batalhas das quais era a única testemunha. A história econômica e social (curvas, preços, fluxos, crises, classes etc.) permanecia uma novidade diante de uma história cronológica dos acontecimentos (guerras, golpes de Estado, journées de dupes, regências agitadas e shadow cabinets) que nunca acabavam de vez.

Para sorte dos estudantes, Raul Girardet, professor catedrático na Sorbonne, nos apresentou esse "historiador diletante", que era um de seus velhos amigos. Girardet nos deu parqa ler a Histoire des populations françaises, o primeiro grande livro de Ariès, que nos fazia oscilar em um universo a que não nos aventurávamos na época: o das atitudes, conscientes e, principalmente, inconscientes, dos homens diante da vida e da morte.

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Eduardo
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08/02/2010 13:50:20

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