A poesia tem infinitas pernas e nos conduz pelos mais variados caminhos. Mas dois são seus pés. O primeiro firma-se na palavra; o outro pisa no sonho. E o sonho é essa capacidade, que devemos sempre ter, de deixar que as asas da imaginação nos levem para bem longe e, ao mesmo tempo, para bem dentro de nós. O menino esquisito, junto com seus companheiros de sonhos — a serpente Tina, a tartaruga tataravó, o curió Curioso — além de promover o jogo lúdico que toda a palavra poética deve propiciar, invade o universo infantil com delicadeza e inventividade. E nos presenteia com um mundo cheinho de bichos, de gentes e de festa. Espaço em que os versos, no que tem de brincadeira, convidam ao riso, à surpresa, à musicalidade, à reflexão. Poesia é porta aberta ao sonho. E Pablo Morenno se revela conhecedor disto. ( Caio Riter)
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