Em 2013, o Estado Francês dedicou a Guy Debord uma grande exposição na Biblioteca Nacional, depois de ter adquirido os seus arquivos, declarando-os um "tesouro nacional" que "se reveste de uma grande importância para a história das ideias na segunda metade do século XX e para o conhecimento do trabalho, sempre controverso, de um dos maiores intelectuais desse período". Após ter sido, durante muito tempo, um autor de culto nos meios ditos revolucionários, Debord goza há vários anos de uma grande reputação no próprio seio da "sociedade do espectáculo", sendo citado por ministros e por outras personalidades que querem exprimir a sua preferência por um capitalismo "sólido". Mais do que nunca, impõe-se uma pergunta: ter-se-á conseguido recuperar Debord, neutralizá-lo e inseri-lo no circo mediático?
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