Uma Estratégia Nacional de Defesa para Além da Guerra

Nos últimos anos, no Brasil, principalmente após a publicação da Estratégia Nacional de Defesa, em 2008, a relação entre Defesa e Desenvolvimento parece novamente ter sido trazida à tona. Inúmeros segmentos da sociedade surgiram ou ganharam espaço nas discussões acerca desse tema e na proposição de questões para a agenda política.

Universidades, institutos de pesquisa, associações, indústrias, além do segmento militar, debruçaram-se cada vez mais sobre as possibilidades advindas dessa relação para o País. Os documentos oficiais, as audiências públicas e interativas no Senado Federal e na Câmara dos Deputados, os simpósios, workshops, painéis e congressos apontaram cada vez mais para a necessidade de se ir além da questão de investir ou não em Defesa e passaram a encarar a fase posterior, uma outra etapa, compatível com um país de dimensão continental, rico, de grande população e que aspira, por tudo isso, participação crescente nos processos decisórios mundiais.

Diante disso, o problema central e norteador abordado nessa obra diz respeito a como o Brasil tem se utilizado da defesa cibernética enquanto oportunidade de desenvolvimento e de acúmulo de poder. Relacionadas com este problema há as seguintes inquietações: em que consistiu a política de defesa cibernética brasileira correspondente ao período 2008-2018? Como ela se inseriu no panorama internacional e o que ela pro curou responder?

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