Aonde vai você?
Correndo pelos campos
de pés descalços.
Ou pelos parques ricamente de patins,
bicicleta e skate.
Chorando talvez no canto de um barraco
ou no fundo de um cortiço.
Criança! Você não percebe ainda, nem sente, o mistério da vida.
Ela vai desabrochando diante de seus olhos pequeninos, interrogativos.
Criança, eu sei: interroagando, você está ensinando...
E você, caminhante, não assuste nem espante, não fira como seu amargor esses pássaros inocentes!
Deixe-os voar! Correr!
Reviva com ele,
na lembrança e no afeto,
aquela criança que você foi um dia,
que vive ainda, e não quer morrer nunca.