Quando dizemos “VIVAS, LIVRES E SEM DÍVIDAS NOS QUEREMOS!”, desde o feminismo se promove um movimento de politização e coletivização do problema financeiro que tem um vetor triplo de radicalidade:
1 - Dá corpo e narrativa concreta à abstração financeira (tirar do armário a dívida);
2 - Associa o problema da dívida às violências contra os corpos feminizados, uma vez que vincula o endividamento das economias domésticas – majoritariamente sustentadas por mulheres, lésbicas, travestis e trans – com a falta de autonomia a que nos expõe ainda mais a violência machista;
3 - Denuncia que hoje as finanças exploram não apenas o mercado formal e assalariado, se não também o mercado informal e os trabalhos domésticos, reprodutivo e comunitário.
Uma leitura feminista da dívida forma parte de um processo de investigação e intervenção política em curso sobre processos de endividamento. Foi usado como ferramenta de debate e formação em sindicatos, universidades, feiras de pequenes produtores, organizações de base e assembleias feministas.
Economia, Finanças / Política