"Não calou de repente. Cada silêncio puía a corda do balde. Chegou ao fundo do poço aos poucos, mas em muitos pedaços. Aquele amor atemporal e infinito, atento, chamou seu nome. Por inteiro como ela era, mas tinha esquecido, cega pela escuridão a qual tinha se acostumado e pensava conhecer. Riscou o fósforo quando falou. Enxergou o meio quando quem era presente ouviu. Subiu para fora do poço quando escreveu. Sem balde. Sem corda. Sem nó. E sem ponto." VASTIDÃO é sobre o que tem dentro da gente, mesmo o que não conseguimos (ou queremos) ver, tocar, abrir ou sentir. Pode ser ferida que precisamos cutucar antes que forme casca. Mesmo que deixe cicatriz. É sobre amor atemporal que chama nosso nome em abraço de aceitação. É sobre amor próprio. Essencial e vasto.
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