Verdades e Mentiras

Verdades e Mentiras Carol Teixeira


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Verdades e Mentiras





O quanto de realidade tem na ficção? E o quanto de ficção tem na realidade? Com “Verdades & Mentiras” a minha idéia foi brincar com esse conceito de realidade e ficção, com o claro objetivo de dar um nó na cabeça do leitor.

Segue aí a orelha escrita pelo Juremir Machado da Silva:



“ Está tudo dito por ela mesma: ‘Eu também não vim ao mundo a passeio’. Carol Teixeira veio ao mundo para se divertir. E para divertir os outros. Isso dá trabalho. Viver exige tempo, dedicação e ousadia. Quem gosta, nunca tira férias da vida. Nem cobra pelas horas extras. Jovem, linda e formada em filosofia, com uma frase de Nietzsche (ou seriam várias?) em alguma parte do corpo, ela é uma aporia. Isso mesmo, uma aporia. Fui claro? Além, obviamente, de ser um monte de outras coisas mais simples filosófica e existencialmente: um paradoxo, uma mulher de bem com a vida, uma pessoa disposta a apostar tudo na intensidade de cada dia, uma escritora talentosa, um axioma e muito mais. Principalmente muito mais. Ah, ia esquecendo, é colorada, convertida ao futebol num ritual acontecido no templo da Bombonera, em Buenos Aires, por ocasião de um confronto (melhor esquecer!) entre Internacional e Boca.



Agitadora cultural, apresentadora de programa de rádio, dona de bar e viajante incansável, Carol já tem um pouco de mito. Verdade ou mentira? Ficção ou realidade? Nada disso. Carol é pós-moderna, quando não é hipermoderna ou pós-tudo, e não acredita nessa dicotomia do “ou...ou”. Com ela, no melhor estilo “quero experimentar de tudo na vida”, impera o “e...e”. Duvidam? Então leiam este “Verdades e mentiras”, livro composto de duas partes antagônicas e complementares, “Verdades (?)”, crônicas, e “Mentiras (?)”, contos. O pontinho de interrogação está aí para confundir mesmo. O negócio é dar um nó na cabeça do leitor sem que ele queira ser desatado. Afinal, o que é a realidade? Onde termina uma e começa outra na vida de alguém determinada a escrever o seu próprio destino? Não será a realidade a maior de todas as ficções?



Certeza, certeza, só uma: Carol Teixeira manda bem no conto e na crônica, o que não é para qualquer um. Consegue aliar leveza, humor, ternura, paixão, ironia e entusiasmo sem demonstrar estar fazendo esforço algum. No conto, narrativa que exige tensão permanente, ela não perde a linha nem a forma, conduzindo o leitor na ponta dos dedos e dos pés ao longo de uma passarela (que pode ser de uma São Paulo Fashion Week ou uma dessas que terminam na frente de uma rodoviária) cheia de surpresas e de reviravoltas. Como dizem os franceses, não sente frio nos olhos e arrasa nas descrições de cenas calientes. Pero, com muita sofisticação. Não seria exagero dizer que ela lembra Zelda Fitzgerald? Só que Zelda era louca. Carol, que eu saiba, é louca pela vida. Enfim, eis a manchete: tem escritora na praça. Verdade ou mentira? É só conferir para ver.”



Em seu segundo livro, Carol Teixeira propõe um desafio a si mesma como escritora: às crônicas, adiciona um "verdade?" e aos contos, um "mentira?", testando os limites do fazer literário, da ficção e da realidade, acrescentando um ponto de interrogação que acompanha o leitor à medida que esse desvenda as experiências de Verdades & mentiras. No prefácio, o jornalista Juremir Machado da Silva reforça os olhares múltiplos que se podem reservar ao livro e à autora: "(...) um paradoxo, uma mulher de bem com a vida, uma pessoa disposta a apostar tudo na intensidade de cada dia, uma escritora talentosa, um axioma e muito mais". Carol Teixeira tem a "alma de purpurina", como ela revela na crônica de mesmo nome, e é esse brilho que transmite por meio de seus textos. Aliás, ela não teme se mostrar, mesmo que faça uma ode contra o espelho que, segundo ela, nos limita a ver apenas uma das tantas imagens que somos. A escritora não teme revelar também que perdeu o pai muito cedo e que essa foi uma das experiências mais definidoras de sua existência, como relata em "Vida". Carol Teixeira surpreende também quando o assunto é futebol. Em "Meu dia na Bombonera", a escritora - que viajara a Buenos Aires para participar de uma festa de música eletrônica - conta como passou de alguém que odeia futebol para uma torcedora de coração.

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on 18/4/09


Como eu disse na resenha de "De abismos e vertigens"... "Não tem como não gostar da Carol, muito menos do que ela escreve! Como ela contagia as pessoas que estão a sua volta, ela contagia através da sua escrita as pessoas que não à conhecem. Faz com que adimiremos ela, mesmo sem saber exatamente como ela é." Adoro "de vida e de amor", pois além de ser uma curta história interessante - de certa forma - ela ainda deixa um mistério no ar, meio que pra você terminar do jeito que acha que... leia mais

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Desejam4
Trocam1
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kmilabk
cadastrou em:
18/04/2009 09:19:27

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