Victor Hugo

Victor Hugo foi o titã de sua época.

Ele não apenas foi um poeta, romancista, dramaturgo, ensaísta e crítico soberbo que influenciou gerações de escritores que o seguiram, mas também conquistou um grau de adoração pública histérica como nenhum autor jamais havia recebido.

Mas toda a sua vida foi uma série de paradoxos.

Hugo era pomposo, mas possuía uma humildade calma e doce que era surpreendente. Ele era um avarento que vivia como um monarca e um perdulário quando lhe convinha.

Ele proclamou as virtudes da monogamia, mas anos depois teve dezenas de amantes. No auge de sua carreira, ele mantinha três lares separados ao mesmo tempo: para sua esposa, sua amante principal e uma mulher que poderia ser melhor descrita como uma amante auxiliar.

Ele se imaginou um homem do povo, mas se comportou tão mal durante uma crise política em Paris que escapou por pouco de um linchamento público.

Um aspirante a político cujas opiniões iam do monarquismo ortodoxo, passando pelo bonapartismo, até o republicanismo liberal, Hugo ansiava por uma carreira política. Embora tenha se tornado membro da Câmara dos Deputados e do Senado, falhou miseravelmente em sua segunda vocação. Mas muitos o consideravam a figura política mais influente de sua época, e ele desempenhou um papel importante na queda de Napoleão III.

Os eventos de sua vida não foram apenas melodramáticos, mas muitas vezes trágicos.

Seu irmão favorito enlouqueceu no casamento de Victor e teve que ser internado em um sanatório, onde definhou por muitos anos. A mais velha das filhas de Victor, sua favorita, morreu afogada no Sena e pode ter cometido suicídio. Ele não apenas sobreviveu a seus dois filhos, mas sua filha mais nova ficou louca após uma fuga abortada com um oficial do exército britânico e passou o próximo meio século em um asilo.

Os altos e baixos que o moldaram como homem também moldaram sua escrita. E sua dedicação inabalável em dar voz aos párias, aos pobres e despossuídos ajudou a criar seus dois romances mais famosos: 'O Corcunda de Notre Dame' e 'Os Miseráveis'.

Usando a vida convincente e muitas vezes trágica de Hugo, Gerson analisa os romances muito amados de Hugo e dá um retrato fascinante de um homem notável.

Noel Bertram Gerson (1913-1988) foi um prolífico autor americano, que escreveu 325 livros em seu próprio nome e sob diversos pseudônimos. Ele canalizou sua própria experiência de guerra em inteligência militar em muitos de seus romances, além de escrever amplamente sobre a história americana. Seus títulos incluem 'Liner', 'Filha da Terra e da Água: uma biografia de Mary Shelley', 'A esposa do conquistador' e 'Vou invadir o inferno: um romance do louco Anthony Wayne'.

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