Este livro representa um marco fundamental da moderna teorização sobre a natureza do fazer histórico. Ele foi concebido como uma série de estudos destinados a identificar as etapas-chaves da prática historiográfica e suas diferentes abordagens ao longo do tempo - historicista, semiótica, psicanalítica (freudiana), socioepistemológica. Michel de Certeau procura caracterizar aqui as operações que regulam a escrita da história. Numa articulação de Karl Marx, Sigmund Freud e Michel Foucault, Certeau traça para a operação historiográfica um caminho que vai do sentimento de uma ausência (o lapso entre a historicidade do historiador e o passado que deseja investigar) à necessidade da escritura (ato criador de um lugar social e de uma identidade).
História