Estar vivo e sentir-se vivo não são sinônimos e Arthur sabia bem disso. Ele ia para a escola todos os dias debaixo da chuva com galochas que detestava, pegava o ônibus escolar em um ponto isolado da cidade e fingia suportar as piadinhas ácidas dos colegas de classe durante todo o caminho. Arthur não era escolhido como dupla nas atividades e não era defendido pelos adultos que o viam ser alvo de brincadeiras hostis.
Arthur estava vivo, mas não sentia-se assim.
Até conhecê-lo… Sentado em um balanço envelhecido, com olhos cintilantes que pareciam enxergar toda sua dor e um sorriso de Sol.
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