Frida, a estudante audaciosa; Frida, a andrógina; Frida, a militante comunista; Frida, a índia tehuana; Frida, a esposa apaixonada; Frida, a esposa ferida; Frida, a sedutora; Frida, a deusa; Frida, o martírio; Frida, atormentada pela morte; Frida, a mexicana. Todas elas estão reunidas nas cento e vinte fotografias, pinturas, desenhos e cartas que compõe o novo volume da Coleção Descobertas e ajudam a mergulhar na "realidade" da artista. "Minha pintura carrega em si a mensagem da dor." Frida Kahlo - nascida em 1907, perto da Cidade do México - aprendeu muito cedo sobre o sofrimento: teve poliomielite aos 6 anos e sofreu um terrível acidente de ônibus aos 18, no qual quebrou a coluna vertebral. A jovem e indomável Frida conhece Diego Rivera, o grande muralista, num México em plena efervescência política e cultural. Os dois vão formar um casal lendário, profundamente ligado às culturas populares indígenas e unido até o fim na luta comunista e numa ambição artística que sobreviverá a todas as provas conjugais. Amiga de Leon Trotski, admirada pelos surrealistas e fotografada pelos maiores artistas, Frida pintou essencialmente autorretratos, como As Duas Fridas, A Coluna Quebrada e também algumas singulares naturezas-mortas. Christina Burrus relata em Frida Kahlo o destino excepcional de uma artista cuja obra, uma mistura de crueldade e humor, de candura e ousadia, se fez à imagem e semelhança da mulher livre, bela e corajosa, que escondia seu sofrimento por trás de grandes explosões de riso.