Em A última tragédia, o autor encena, propondo uma volta aos tempos coloniais, a tensão existente entre uma ordem histórica, simbólica e política negro-africana e outra branco-ocidental, imposta pelo processo colonizatório.
Questões dramáticas como o enfrentamento de raças, com a branca a querer anular a negra; o não-lugar dos ancestrais donos da terra; a violência do poder autoritário e a assimilação imposta aos naturais, como único meio de sobrevivência possível, aí incluída a questão da rasura das línguas nacionais, mostram as veias abertas de um sistema injusto e incoerente. Por outro lado, pequenos movimentos de dissidência, bem como algumas artimanhas dos dominados indicam que nem tudo foi, no mundo colonizado, passividade e acatamento.
Literatura Estrangeira / Romance