Tortura, violência política, mortes e perseguições a intelectuais, estudantes, artistas e trabalhadores são os ingredientes mais visíveis da ditadura militar a partir de 1964. Esses fatos foram alimentados por um "realismo político" que em poucos anos mostrou sua verdadeira face. Enquanto exaltavam o nacionalismo, os golpistas abriam a economia a multinacionais, cirando a maior dívida externa do Terceiro Mundo. Enquanto proclamavam a "democracia ocidental e cristã", perseguiam, proibiam, torturavam e assassinavam. Enquanto pregavam os maiores atos de corrupção.
Para falar sobre esse período sombrio, Júlio José Chiavenato mergulha nos porões da ditadura e fez uma análise fria do prédio, buscando as raízes da luta ideológica e econômica e das suas relações internacionais, desde os governos de Getúlio Vargas, Jânio Quadros e, naturalmente, João Goulart.