Não é sobre a vida na estrada, é sobre a vida na vida.
Em "Um drink numa bota suja de lama", Marcos DeLacumbre Holtz sangra um personagem que exala horror à vida padrão. Numa jornada real, que começa na Índia e termina na Malásia, ele protagoniza em busca da nada convencional justificativa que combate o existir com doses de viver.
Despudorado e sensível; lacerante e terno. Em suas palavras, DeLacumbre é capaz de colocar cheiro de virgindade em puteiro portuário. Ambientada numa intensa cruzada por 11 países da Ásia, a narrativa escrita no embalo de trens sujos expõe sentimentos e confusões mentais do autor em tom impressionista, verdadeiro e envolvente.
Este livro é uma ponte entre sensações antagônicas. Numa definição referencial literária crua como a própria obra, talvez DeLacumbre seja: aventureiro como Kerouac e asqueroso como Bukowski. É um livro corrosivo ao politicamente correto e não deve ser alojado em estantes frágeis.
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