BARATA, O ALIMENTO

BARATA, O ALIMENTO Elieser E Borba




PDF - BARATA, O ALIMENTO


Em algum lugar da Terra, Marcel caminha junto a Angie. Ambos buscam entender o que já era considerado a maior catástrofe natural desde a Peste Negra, os surtos de Cólera, Ebola, AIDS, CORONA VIRUS e outras doenças que, em diferentes momentos, tinham assolado o mundo.

Todos os tipos de alimentos existiam, contudo desde que o caos tinha tomado conta do planeta, passaram a ser venenos mortais. Os que não sabiam, desde pessoas à animais, sucumbiram a uma morte rápida , que atingiu todo o globo de forma fugaz.

Num tempo não descrito como passado, presente ou futuro, os dois seguem observando o que tem se passado num planeta onde, as baratas agora eram o único alimento possível de ser ingerido pelos humanos. Embora não tão aceitáveis ao paladar e tampouco tão viáveis para serem conseguidos, os insetos provoracaram a maior e última revolução. Os poucos seres ainda existentes, lutavam para manterem-se vivos até que uma cura fosse criada ou aquela situação, pudesse de alguma forma, ser revertida.

O rapaz e a jovem caminham por diversos lugares, sendo observados apenas pelos que eram seus iguais. Muito embora, eles possam ver todas as pessoas, não são por elas vistos. Ambos faziam parte dos Despertados, um grupo de pessoas que ao acordar não tinham mais matéria, mas tudo viam e ouviam da parte dos Presentes, pessoas estas ainda na Terra sem terem morrido no início e tampouco sucumbido aos suicídios. A dieta imposta, também matava lentamente, deixando muitos doentes, gestações inviáveis, feições destruídas e fragilidades à mostra.

Os Despertados, entretanto, eram testemunhas oculares do desespero que imperava em lugares onde antes, o que mais importava era o desimportante, tal qual os olhares voltados para telas, que pequenas ou grandes tornavam as pessoas cada vez mais distantes. A salvação procurada, algo agora distante, vinha de uma iniciativa do “Mal”, Governo único e de caráter mundial, de separar os considerados mais saudáveis em locais isolados chamados de “ARCAS”. Era a derradeira tentativa de pensar num futuro, se é que isso aconteria, no que mais parecia escatologia num mundo onde toda loucura parecia pouca. Onde pobres e ricos, brancos e pretos, políticos ou índios eram sobras de lixo, praticamente mendigos, nivelados pela boca.





BARATA, O ALIMENTO

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Resenhas para BARATA, O ALIMENTO (8)

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Talvez só se alcance justiça nivelando os humanos por baixo


O quanto eu me surpreendi com esse livro, não consigo nem explicar. Forte, genial. Baita crítica social f*da, sem afetação, sem demagogia. O final foi para explodir a cabeça, e fazer pensar sobre uma questão que muitos de nós (eu, sem dúvida) nunca vamos sentir na pele. Foi catártico, mas se você, leitor, assim como eu for parecido com Marcel (se ler, vai entender o que exatamente eu tô querendo dizer) vai ficar incomodado. Faça algo com seu incômodo, ele provoca mudança e compreensã...
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