Resenhas - Dezesseis Luas

Agnes 10/03/2013

Diferente.
Não me arrependo de ter encontrado Dezesseis Luas.

Uma das melhores séries que já li na minha vida (apesar de não ter lido o segundo ainda, mas tenho certeza de que não me decepcionarei), Dezesseis Luas tem tudo para satisfazer o leitor infantil, jovem ou adulto.

É um pacote completo: um cenário assustador, uma maldição fatal, reencarnação, feitiços, bruxaria, vudu e personagens que simplesmente prenderão o leitor até o fim.

Uma das coisas que chama bastante a atenção no livro é que a história YA (young adult) é contada pelo Ethan, um garoto. Ou seja, como estamos numa época de garotas encontrando garotos sobrenaturais, nos deparamos com o contrário: garoto encontrando a garota sobrenatural.

Odeio fazer comparações, mas acho que preciso acrescentar que Dezesseis Luas não tem nada de Crepúsculo. Temos uma história fantástica, cheia de mistérios que você se vê especulando pra tentar desvendá-los, um mundo inteiro novo e, além do romance, aquela ideia que faltava para juntar tudo com perfeição: os conjuradores e seus dons.

Tem gente que reclama que as autoras (sim, duas meninas escrevendo no ponto de vista de um garoto!) não trabalharam bem esse último ponto, relativo aos conjuradores, mas discordo. Tenho certeza que elas fizeram de propósito para trabalhar melhor na continuação, como forma de unir os dois livros.

EDITADO: MARÇO/2013: é, eu acertei, elas trabalharam muito mais no mundo dos conjuradores no segundo livro

Além disso, elas foram ótimas a história inteira e em nenhum momento fiquei sem vontade de ler ou cansada com a leitura. Tudo me interessava.

Você se vê apegado a personagens como o melhor amigo de Ethan, Link, com seu jeito característico; a vilões que você sente que há alguma coisa por trás daquela máscara de pessoa arrogante, como Ridley; a outros com aquele jeito irônico e orgulhoso de Jace (Cidade dos Ossos), como o tio de Lena; e até mesmo àqueles personagens que você deseja que sofra uma morte dolorosa, como a Emily e a Sr. Lincon.

Simplesmente sensacional, Dezesseis Luas é um dos livros que mais me surpreendeu, fazendo com que saísse daquela sensação de É, parece ser legal que tive a primeira vista direto para a lista de livros favoritos em poucas páginas, me conquistando por completo e me deixando com vontade de ler (e torcer!) ainda mais sobre Lena Duchannes e Ethan Wate. Fantástico e extremamente recomendado!

EDITADO MARÇO/2013:
Se você acabou de sair do cinema e está querendo saber se o livro é bom, sim, ele é! E ainda melhor, porque o final é completamente mudado no filme. Muita coisa é diferente, então vale a pena sim ler! u_u

Gabi 31/01/2023

É um livro muito bom. Continua aquela vibe de 2012 onde a maioria dos livros eram sobre vampiros, bruxas ou qualquer ser místico.
Eu gostei da leitura, mas acho q não aproveitei 100%, e dou essa culpa pq já tinha assistido o filme (que não é dos melhores), então em vários momentos eu só esperava as coisas acontecerem sem dar muita atenção.
Mas pra quem não viu o filme, acredito que vai ser uma leitura bem empolgante.

Lina_2013 28/10/2019

Deveria ter lido ele inteiro quando estava na vibe
Não era tão ruim, até porque dei quatro estrelas, mas depois de terminar Lua Azul - que foi uma experiência torturante -, acho que vou simplesmente abandonar as leituras que adiei por não estar no clima. Vou salvar a página, vai que um dia o momento certo para essa história ressurja - acho que não, mas...
Recomendo? Recomendo. Comecei a ler com 14 anos e era apaixonada pela história, porém a amostra do Google livros não permitia muita coisa kkkkkk Quando tive acesso ao livro, com 16 anos, eu ainda gostava, mas não era mais a mesma coisa.
Adiei até agora que estou com 20 e sinto muito, não vai rolar kkkk

Oi, eu sou a Mila ^^ 17/04/2021

Que livro bom! Só tinha visto o filme, e já amava. Agora, lendo o livro, gosto ainda mais da história. Curiosa para o 2° livro ^^

Ivy.1 15/07/2023

Dezesseis Luas
No início, é um livro bem lento e que não te prende, mas após uns 50% a leitura se torna mais fluida e instigante. Sinceramente, a proposta do livro é interessante, entretanto os personagens são bem imaturos e intensos, algo típico da forma como retratam a adolescência, mas que atrapalha no desenvolvimento do enredo. Não classificaria este livro como ruim, pois acredito que apenas não o apreciei tanto, por não ser um gênero literário que gosto.

"Macon Ethan,
Apoiei a minha cabeça no peito dele e chorei porque ele viveu e porque ele morreu.
Um oceano seco, um deserto de emoção. Feliztriste, trevasluz, daralegria tomaram conta de mim, de mim toda
eu podia ouvir o som mas não entendia as palavras
e então percebi que o som era eu me partindo em um momento eu sentia tudo e não sentia nada
estava em pedaços, estava salva, perdi tudo, ganhei tudo mais
alguma coisa em mim morreu, alguma coisa em mim nasceu, eu só sabia
que a garota foi embora
seja lá quem eu fosse agora, eu jamais seria ela de novo é assim que o mundo termina não com um estrondo, mas com um gemido, invoque a si mesma, invoque a si mesma, invoque a si mesma, invoque gratidão, fúria, amor, desespero, esperança, ódio.
primeiro o verde é dourado mas nada que seja verde pode permanecer
não
tente
nada
verde
pode
permanecer."

"Dezessete luas, dezessete anos,
Olhos onde Trevas ou Luz aparecem,
Dourado para o sim e verde para o não, Dezessete, o último a saber."

Júlia da Mata 27/04/2011

O que fizeram com o meu numero da sorte?
Gente, eu peço desculpas se minha resenha não fizer sentido algum para vocês, mas são 08:15 da manhã, estou acordada desde ás 6:30, não comi nada ainda, e apenas a motivação de dizer para vocês o quanto esse livro é ótimo que me motivou a escrever. Vocês já deviam estar acostumados as manias loucas dessa blogueira.

Dezesseis Luas, por Margaret Stohl e Kami Garcia
Editora Galera Record
488 paginas.
Minha Nota: 4,9


Dezesseis Luas... Nome estranho certo? Mas de nome estranho, a literatura está cheia, o importante mesmo é que ele faça sentido. O que o nome original desse livro não faz. Quando a Galera Record divulgou que Beautiful Creatures seria lançado no Brasil pelo nome de Dezesseis Luas, eu não fiquei nem um pouco feliz. Por que? Porque eu amava esse nome. Para mim tinha um ar de dark, misterioso e sensual. Mas com tanto tempo cercada desses livros, eu deveria estar acostumada a me aquietar e esperar para ler o livro, porque quase sempre acontece de você morder a língua com alguma coisa que você criticou. Outra coisa que eu não havia ficado feliz fora a capa. Era e ainda sou apaixonada pela capa original. Mas quem não seria? Ela é muitíssimo linda. E a primeira visão da capa brasileira não foi assim tão bonita. Na verdade, eu a achei horrorosa. Estou até com dó da Galera Record, porque os critiquei tanto.

Margaret Stohl e Kami Garcia me conquistaram desde o primeiro parágrafo. Leitura fácil e rápida até para os seus quase 500 paginas, Dezesseis Luas conta com uma historia única no mundo. A magia é mais presente aqui do que os sonhos citados na sinopse, o que é um pouco injusto já que nos faz esperar uma coisa e o que vemos é outra. Nada que eu nunca tivesse sentido. O mundo de Stohl e Garcia é totalmente novo, é magia sim, mas não são bruxos, são Conjuradores que podem ser bem parecidos com os bruxos, mas deixam bem claros que não são.

Os personagens das autoras são muito bem construídos, todos eles com suas características únicas que os fazem tão especiais quanto os personagens principais. O livro é narrado em primeira pessoa por Ethan Wate, um garoto nascido em Gatlin, onde viveu toda a sua vida, e que não vê a hora de sair dali. Ethan vem tendo sonhos com uma garota que parece precisar de sua ajuda, mas ele não sabe como fazer isso. Ele nunca viu o rosto da garota, mas sempre que a deixa cair ele sente um aperto no coração. Será possível que Ethan esteja se apaixonando por uma garota que ele só conhece por sonhos? Ethan é de longe, o meu personagem preferido. Talvez por ele ser o garoto fofo que toda garota desejaria ter. Bem, os garotos de livros escritos por mulheres são sempre mais fofos, fácil perceber.

Lena Duchannes (que rima com rain) é para mim o meu personagem menos preferido. Eu gosto de todos, mas de Lena, eu não consigo gostar 100%. Ela é bem elaborada, mas acho que falta coragem e força nela. Ela é afugentada por seus medos, toda a força que mostra de vez em quando é esquecida quando ela pensa no que o futuro aguarda para si não direi o que é, porque será um bom spoiler. A minha vontade muitas vezes é agarrar ela e gritar: Lena, minha filha! Levanta daí e vê se encara tudo de cabeça erguida!. Mas tenho a ligeira impressão que não daria certo. Fazer o que, não é? Todo personagem tem seus defeitos. E foi esse odioso defeito que me fez dar 4,9 para Dezesseis Luas e não 5.

Gatlin é um personagem a parte. O mais odioso personagem na minha opinião. Eu moro em uma cidade media não é pequena, mas nem de longe é grande e já odeio isso aqui, mas se eu morasse em Gatlin eu ia morrer de claustrofobia. Por ela ser pequena, pela atitude mesquinha de todos os seus moradores. Claro que temos exceções, como Amma e Link, mas todo o resto te faz odiar Gatlin mais que tudo na vida.

Também temos Amma com a suas superstições que te faz achar que até uma brisa pode ser algum recado dos Grandes. E Link, com o seu humor que te faz rir a qualquer momento por uma coisa tão boba.

Eu realmente amei Dezesseis Luas. Desde a capa ao vivo ela é deslumbrante , aos versos da musica Dezesseis Luas que me faz arrepiar a cada segundo (ouça aqui a musica). E peço desculpas a Galera por ter feito aquelas criticas horrorosas. E se você ainda tem duvida se deveria ou não ter lido Dezesseis Luas, pode ir atrás do livro agora que eu garanto que é um ótimo negocio. E como disse para mim a Stefie Ferreira, do Na Minha Estante, tenho uma ligeira impressão que o próximo livro se chamará Dezessete Luas.

thaise 10/02/2023

Coloquei muita espectativa
é um livro bacana que te mostra a história do Ethan e da Lana. Apesar de ter sido uma leitura legal, se trata de uma fantasia bem rasa e com pouco aprofundamento nos personagens e no universo onde eles estão inseridos. ademais é só, gostei de ler um livro completo do ponto de vista masculino e ainda por cima ser uma fantasia.

Flávia 21/03/2021

Eu era apaixonada pelo filme já havia muito tempo e quando descobri que tinha os livros, foi a pouco tempo, eu pirei. ?
Como sempre o filme tem muitas coisas diferente do livro o que torna o livro mais perfeito ainda.
Quero completar minha coleção toda antes de continuar a leitura.
Indico o livro para quem gosta de romance, "bruxas", fantasia e um tantinho de mistério.

Duda 02/10/2020

Dezesseis Luas
Infelizmente Dezesseis Luas não me prendeu tanto quanto eu queria. Nele há fantasia com um pouco de realidade e cotidiano, o que é um ponto positivo. E justo um dos motivos pelo qual não gostei, foi que as autoras viajaram em alguns momentos, colocando fantasia em algumas cenas do livro em que não se encaixavam. Foi bem difícil me apegar aos personagens, e pra não dizer que não me apeguei a nenhum, os dois protoganistas são os meus favoritos haha. O final também não me surpreendeu, fiquei até chateada com o que aconteceu. Enfim, não teve nenhum epílogo e nada demais que me impolgasse para ler a continuação, porém lerei mesmo assim.

giovanna.miriel 17/11/2022

dezesseis luas é extremamente envolvente. aquele livro pra você desligar completamente do mundo real enquanto estiver lendo e realmente sentir que ta vivendo no mundo (e na cabeça) dos personagens. o enredo é intrigante do começo ao fim e você sente a adrenalina pulsando desenfreada no final, junto com a sensação de que precisa DEVORAR cada página. a história é recheada de emoções intensas, segredos se desenrolando aos poucos, dilemas existenciais, amores escritos nas estrelas adornados por uma escrita muito poética e tocante. definitivamente um dos melhores que eu ja li na vida, assim como o filme também ta entre meus favoritos. o final é a melhor parte.

Ju 07/01/2021

Um universo que vale a pena
Eu estava carente de uma série boa.
Como fã de YA consagrados, como Harry Potter, Jogos Vorazes e muitos outros, vivo me sentindo abandonada ao terminar uma série.
Felizmente Dezesseis Luas veio para tampar essa buraco.
O livro tem magia, suspense e romance na medida certa. Os relacionamentos não são forçados e há boas explicações para o desenvolvimento da história.
Apesar de não achar que os personagens sejam os mais carismáticos que já vi, o livro me prendeu e entreteu.
Com certeza vale a leitura.
Já vou seguir para Dezessete Luas e torcer para que a história só melhore.

Amanda Azevedo 17/02/2012

Dezesseis Luas - Beautiful Creatures #1 - Kami Garcia, Margaret Stohl

Já disse isso algumas vezes e volto a dizer: é sempre um desafio enorme resenhar um livro que gostei muito. Então, já deixarei claro, logo no primeiro parágrafo o quanto recomendo esse livro. A expectativa em cima dele estava enorme, por isso já comecei a ler com certo medo... O medo da decepção que é tão comum quando esperamos demais de uma leitura. Mas para minha total felicidade e satisfação, Dezesseis Luas foi melhor que o esperado.

O livro é narrado em primeira pessoa, e ao contrário da maioria dos YA, Dezesseis Luas não conta com a narrativa de uma menina, e sim de um menino — Ethan Wate. O que posso dizer a respeito disso? Eu simplesmente amei ver a estória sob a perspectiva de um garoto! Nada era meloso demais, fresquinho demais, dramático demais. Isso, sem dúvida é um ponto super positivo.

Fazendo um breve apanhado sobre a história, Ethan vive em Gatlin, uma cidade pacata, sem graça, onde os moradores pensam que conhecem todo mundo. Ele está farto de viver ali e está contando os dias para se formar para poder viajar pelo mundo, conhecer lugares, pessoas... Ampliar seus horizontes. É isso o que ele deseja, até que a sobrinha do homem mais sinistro da cidade aparece em sua vida — Lena Duchannes.

“Eu queria vê-la. Tinha sido um dia longo e chato na Jackson sem o Furacão Lena, e eu estava começando a tentar entender como aguentei oito tempos sem todos os problemas que ela causava para mim. Sem todos os problemas que ela me fazia causar a mim mesmo.” Página 109

A partir daí a estória vai se desenrolando, eles vão se aproximando e coisas vão acontecendo. O romance entre os dois é na medida certa. Além da química, da atração, tem também a amizade entre eles, a preocupação que um tem com o outro... A relação deles é uma coisa simplesmente linda de se ver (ou ler!). O romance é algo presente, mas o livro não se resume a isso. Tem também o lado sobrenatural que foi construído de forma genial pelas autoras.

No livro somos apresentados aos Conjuradores, não são nada mais que bruxos, mas, eles não gostam que os chamem assim. O livro é repleto de magia. Temos os seres que usam a magia para o mal e os que a usam para o bem. Lena é uma conjuradora, disso ela sabe, mas ela é das trevas? Da luz? Ah, isso eu não te direi...

O final do livro te deixa totalmente: CADÊ A CONTINUAÇÃO?! Sim, o final não coloca um ponto na estória. Pelo contrário, ele nos deixa sedento por mais, mais, mais...

“O céu cinzento era apenas um momento de calmaria sem sol, entre a tempestade que tinha mudado nossas vidas para sempre e a que ainda viria.” Página 483

Não entenda essa "falta de fim" como um ponto negativo. Muita coisa acontece no livro e com certeza muita coisa ainda vai acontecer nos próximos. Já disse, volto a dizer e continuarei dizendo isso por aí: eu recomendo o livro! Principalmente pra você que gosta de sobrenatural, magia, mistério e romance. Me diz, não é a mistura perfeita?!

Dezesseis Luas chegou na hora exata. Eu estava um pouco (muito!) cansada de livros com adolescentes que só sabem agir como idiotas. Cheios de conflitos internos cansativos e batidos. Lena e Ethan são adolescentes, mas, felizmente não se enquadram no tipo "sou jovem e inconsequente, faço o que quero" ou "pobre de mim ninguém me ama não tenho razões para viver". Sério, eu não aguentava mais ler livros com personagens assim. Obrigada Kami e Margaret por terem escrito um livro com personagens adolescentes diferentes.

Vou ficando por aqui, espero ter passado pra vocês pelo menos metade da satisfação que tive ao ler este livro. E se você tiver oportunidade de lê-lo não pense duas vezes, pois vale muito a pena!


Amanda — Lendo & Comentando
Visite: lendoecomentando.blogspot.com

Laura.Tsingas 06/12/2023

Classificação indicativa +14
?Na pequena Gatlin, com sabor à Nova Orleans, uma mágica poderosa e adormecida está prestes a ser libertada. E com a ajuda de dois adolescentes: Ethan Wate e Lena Duchaness.?

Esse foi um livro que demorei muito pra ler, pois acabei cometendo o erro de assistir o filme antes e tinha desistido de ler, pois achava que não seria bom.
Mais me enganei depois de quase 10 anos eu finalmente tive coragem de ler essa história e não me arrependo. Muito diferente do filme o livro é muito bom, te prende do começo ao fim, e faz com que você se apaixone por Ethan e Lena. Já tô ansiosa pra ler a continuação

Desi Gusson 04/10/2012

Um Pouco de Vodu Nunca Matou Ninguém, Certo?
Então, enquanto eu estava lendo Lirael pensei: nada como um pouco de necromancia macabra depois de um revigorante romance zumbi (Dearly, Departed). Faz bem pra mente, entende? Ainda mais quando você fecha o ciclo com o bom e velho vodu da Carolina do Sul! Seriamente, eu não poderia começar Outubro em melhor estilo!

Ok, Dezesseis Luas não chega a ser assustador, mas tem seus momentos. O melhor do livro mesmo é seu clima a-qualquer-momento-um-furacão-pode-varrer-tudo-aquilo-do-mapa e as pessoas de Gatlin. Meio que pararam no tempo. Não o jeito amish de ser, o povo de Gatlin vivem em função da Guerra Civil Americana e seus gloriosos antepassados Confederados… e em termos de mentalidade, tudo bem, aí sim eles pararam no tempo. Lá pela Idade das Trevas, para ser mais exata!

Ethan, o nosso mocinho, luta para não se deixar levar por essa mentalidade coletiva apavorante que é a ignorância da cidade. Não dá para culpa-lo, como boa aquariana que sou, teria enlouquecido com aquelas convenções sociais, todo mundo se metendo na vida de todo mundo e a pressão para tornar cada pessoa o mais adequada possível ao restante de Gatlin.

Eu provavelmente promoveria o massacre da serra elétrica e praça pública, e olha que eu sou só uma blogueira.

Imaginem a Lena, outra boa aquariana, que é… diferente.
“Não era apenas ela que estava me incomodando, para dizer a verdade. Não era a sua aparência – Lena era bonita apesar de estar sempre usando as roupas erradas e aquele tênis surrado. Não eram as coisas que ela dizia na aula, normalmente coisas que ninguém mais teria pensado, e que, se tivessem pensado, era algo que não ousariam dizer. Não era o fato de ela ser diferente de todas as outras garotas da Jackson. Isso era óbvio.
Era ela que me fez perceber o quanto eu era como os outros, mesmo quando eu queria fingir que não era.” Pág. 38

Até esse ponto, nem Ethan nem eu sabíamos o quão diferente a Lena na verdade era, vamos dizer apenas que eu e minha serra elétrica seríamos acolhidas de braços abertos em Gatlin perto dela.

Um ponto extremamente positivo de Dezesseis Luas é que nele… os adultos existem! Seja pai ou guardião, os aborrescentes da estória não estão aborrescentando por aí sem se preocuparem com o olhar vigilante ounão de seu responsável. Os adultos até interagem de forma convincente entre si! Não é mágico?! Quero dizer, 80% dos livros YAs tratam os mais velhos como parte da mobília. É bom ter um plano mais realista (na medida do possível) pra variar.

Quer outro dado interessante das minorias? Dezesseis Luas é contado em 1ª pessoa por um menino!

É quase um alívio depois de tanto tempo na companhia de montes de garotas, ser levada a uma nova estória exclusivamente por um rapaz. Na falta de termo melhor, é refrescante!
Porém o livro peca em pontos bobos.

Sempre que um elemento novo era adicionado a sensação era de confusão, porque, afinal, estamos acompanhando a estória pelos olhos de Ethan e a grande maioria dos elementos novos vem da rotina de pessoas peculiares, pessoas que ele não conhece. “Opa, acho que perdi alguma coisa!” seria o lema nessas horas, eu tive que reler vários e vários parágrafos à procura de alguma informação que pudesse ter perdido só para descobrir que ela ainda não tinha sido dada, que aquilo ainda demoraria mais um pouco para fazer sentido. Não foi algo gracioso e espontâneo como em A Corrida de Escorpião e se tornou um tento cansativo depois de um tempo.

Outra coisa que me deixou indignada, mas que não tem nada a ver com a execução do livro:

Novo Crepúsculo? Por favor.

Não desmerecendo a saga da Titia Meyer, mas as pessoas que compararam Dezesseis Luas com Crepúsculo comparam Crepúsculo até com Saramago! É um romance adolescente? Yes, period.

As pegadas são completamente diferentes e não só acho inválido comparar, como acredito que limita o leitor, obrigando-o a buscar um único parâmetro e a se sentir desapontado depois, por não alcançar a leitura que esperava. Isso acontece com muitas séries ótimas e elas acabam sendo subestimadas, como Lobos de Mercy Falls por aqui.

Por isso não espere encontrar um romance instantâneo e inexplicável, nem uma leitura leve e solta. Dezesseis Luas não é o livro mais denso dos últimos tempos, mas não deve ser visto apenas como o substituto de outra série, Beautiful Creatures tem voz própria. É único e diferente e vai te levar para um mundo onde tudo é possível.

P.S.: Gostei dos palavrões no livro. É sério! São poucos, mas estão bem posicionados e ficam naturais. Se você acorda no meio da noite com um vulto no seu quarto, te observando, vai gritar caramba? Não! Vai gritar puta merda!