spoiler visualizarAndrade 10/05/2013
3 Estrelas
A série me cativou muito, mas esse foi um dos volumes mais chatos de todos os que li. Certo, ele teve alguns pontos que favorecem a sua leitura, mas no geral, eu não gostei. Acho que isso é o preço que nós, como leitores, pagamos quando nos deparamos com personagens realistas, que cada vez ganham mais personalidade humana. Tenho tido essa mesma experiencia com "A Marca de Atena" do autor Rick Riordan. O livro é bom, e a história é muito envolvente, mas certos capítulos se tornam longos e cansativos, como no nosso caso em questão, A Mediadora.
No penúltimo volume da série A Mediadora, Suzannah está mais enrolada do que nunca com Jesse e seus sentimentos conflitantes com o enigmático Paul Slater só piora a situação. Claro que ela sabe que seu coração pertence a Jesse, mas e se não foi simples assim? E se Jesse não sentir por ela a mesma coisa que ela sente por ele? E se todo esse amor se transformar numa ferida que ela vai ter que carregar para sempre em seu coração? E se realmente é amor o que ela sente por ele, porque não consegue esconder essa misteriosa atração que senti por Paul? Estaria sua carência falando mais alto? O fato é comprovado, sua vida como mediadora não será a mesma nunca mais. Não apenas por estar enfrentando um período difícil (um verdadeiro pós-morte) com pesadelos que sempre a levam a um corredor interminável lotado de portas (onde esteve para salvar Jesse poucas semanas atrás (No tempo do livro)), mas seus sentimentos estão a flor da pele. Ser uma mediadora já era complicado, entretanto, junte este fato ao de que acaba de descobrir que não é apenas uma mediadora, mas sim uma deslocadora (Vocês vão ter que ler pra descobrir o que isso significa)
Em Assombrado o ritmo é bem diferenciado dos volumes anteriores. Meg Cabot deu um fim bem rápido a todo aquele clima tenebroso que me fez amar A Hora Mais Sombria (livro 4). Não temos mais fantasmas perturbando a vida de Suze (a não ser Jesse, que ainda não tomou coragem para assumir seus sentimentos por ela). O livro todo foca-se no triangulo Paul-Suze-Jesse, e isso deixa a leitura um tanto cansativa, principalmente por que levamos em conta que a narrativa é em primeira pessoa, ou seja, na visão de Suze, que é um dos mais afetados entre essa bagunça toda de sentimentos. A história deixa aquela tonalidade misteriosa e tensa para tomar uma versão mais dramática e triste de tudo. Suzannah se torna muito mais frágil, e diferente dos outros livros, ela chora quase o tempo todo. É sério! Eu achei muito devagar. E não pelo drama em si, mas pelo fato das descrições longas demais. Haviam alguns detalhes que podiam ser abreviados. Cabot podia ter cortado algumas partes para que o enredo se adiantasse e o final chegasse logo. A história só começou a melhorar para mim, após o capítulo 14, que é quase o final. O livro tem 18, então, do 14 ao 18, eu gostei. Os anteriores são muito lentos. Quando comecei a ler, pensei que ia desistir. A séria até o momento tinha me conquistado em todos os sentidos. Os volumes anteriores foram tão instigantes que eu não sei escolher um favorito. Mas de fato, esse não estará na minha lista. Além da narrativa cansativa, os personagens estão muito deprimidos (outra experiencia que tenho vivenciado em A Marca de Atena). Eu não conseguia ver a fragilidade de Suze em nenhum dos outros volumes. E mesmo isso sendo bom, quero dizer, mostrando que todos podemos ter nossos dias de fraqueza nesse caso eu não concordo. Ela ficou tão chorona, que tive raiva delas em alguns momentos.
O que posso dizer? Foi uma leitura mais ou menos. Nem muito boa, nem muito ruim! Contudo, estou torcendo por um final digno dos primeiros volumes da série. E de preferencia, com menos choro.